terça-feira, 29 de março de 2011

Andrés diz valor 10 vezes menor do que real para resolver Fielzão



Foto: Divulgação
 
Nesta segunda-feira, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, e o Ministro do Esporte, Orlando Silva, revelaram estimativas do custo de retirada dos dutos da Petrobras que estão no terreno onde será construído o estádio do clube em Itaquera. Os valores divulgados pelos dois divergem em mais de 1.200%.


Em entrevista à TV Cultura, Andrés Sanchez disse que a retirada dos dutos custaria R$ 2,2 milhões. Já Orlando Silva, que esteve em São Paulo, em visita à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), afirmou que a resolução do impasse terá um custo de R$ 30 milhões.

O iG entrou em contato com a assessoria de imprensa da Transpetro, empresa da Petrobrasresponsável pelos dutos, para saber qual era o custo da obra. A companhia confirmou a informação divulgada por Orlando Silva. “O valor de R$ 30 milhões citado pelo Ministro do Esporte está baseado em estimativa inicial feita pela Transpetro”, diz a nota enviada ao iG.


Foto: AE Ampliar

Por volta das 14h de segunda-feira, Orlando Silva concedeu uma entrevista coletiva na sede da Fiesp. O Ministro afirmou que o custo para a retirada dos dutos não será bancado pelo Governo Federal. “O empreendimento deve prever esse gasto. A Transpetro calculou um custo de R$ 30 milhões. O conjunto da equação para montar esse empreendimento já deve ter previsto esse custo”, afirmou.

Poucas horas depois, Andrés Sanchez participava da gravação do programa “Roda Viva”, na TV Cultura, que foi exibido na noite de segunda-feira. Ao ser perguntado sobre o impasse que atrasa a obra do “Fielzão”, o presidente do Corinthians afirmou que a retirada dos dutos custaria R$ 2,2 milhões.

"A Odebrecht é competente o suficiente para fazer tudo. Os dutos, esses malditos dutos, que escrevem que vale R$ 100 milhões pra tirar, R$ 200 milhões. Outro dia liguei para o presidente da Transpetro e perguntei. “Pô, mas eu li que você vai tirar o duto só em 2014”. Daí ele disse que nunca falou tanto com a imprensa como agora por causa desses dutos. Ele me mandou um e-mail e disse que, pela programação que tinha lá na Transpetro, seria em 2014. Mas isso não impede de fazer antes, amanhã, depois de amanhã. Quem fez foi a Odebrecht, quem vai remover vai ser a Odebrecht”, afirmou Andrés.
A empreiteira citada pelo corintiano irá construir o estádio em Itaquera, com financiamento do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento). “Em dois anos e meio vai estar pronto. Nosso timing é que até o final de maio vão começar as obras. Mas acho que começam antes, em abril”, disse Andrés, durante a entrevista à TV Cultura.
Dutos impedem início das obras


Maquete do "Fielzão", que será construído em Itaquera
Existem dois dutos subterrâneos no terreno onde será construído o estádio do Corinthians. Essas tubulações impedem o início das obras do estádio. No início de dezembro, a Transpetro informou que negociava com o clube paulista uma solução para o impasse.
“Até o momento, a principal opção em estudo é a construção de um desvio nas tubulações para uma área adjacente”, dizia o comunicado da empresa, que não divulgava o custo da obra.
As tubulações que passam pelo terreno do futuro estádio são usadas para transportar óleo combustível e outros derivados de petróleo. A área onde há esses dutos é chamada de “faixa de domínio da Petrobras”. Nesses locais não é permitida nenhum tipo de obra, para que seja preservada a proteção dos canais e a manutenção desses quando necessário.

Bruno Wincler e Paulo Passos, iG São Paulo |

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