quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Dia Mundial do Rádio



Francisco Dandão
         Nesta quinta-feira, 13, comemora-se o Dia Mundial do Rádio. A data foi criada em 2011, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). O dia foi escolhido para lembrar o instante em que, no ano de 1946, pela primeira vez uma emissora norte-americana transmitiu simultaneamente para um grupo de seis países.

         De acordo com a própria UNESCO, este é um dia onde se deve celebrar o veículo rádio como uma ferramenta para melhorar a cooperação internacional entre as emissoras e promover o acesso à informação, à liberdade de expressão e igualdade de gênero através das ondas sonoras. Ou seja, de alguma forma tudo o que o veículo já faz há mais de cem anos.

         Além do mais, não bastasse toda a belíssima história do rádio, planetariamente falando, o referido veículo continua a ser o meio de comunicação social que atinge as maiores audiências, adaptando-se continuamente às novas tecnologias e aos novos equipamentos. Apesar de o mundo mudar continuamente, o rádio miraculosamente permanece.

         No Acre, a emissora pioneira das transmissões radiofônicas foi a Rádio Difusora Acreana, que foi ao ar pela primeira vez em agosto de 1944, plena Segunda Guerra Mundial. Foi uma iniciativa do governador Silvestre Coelho, político que compreendeu ser aquele o melhor caminho para desencadear uma efetiva integração do então Território Federal.

         Os seringueiros e ribeirinhos, que anteriormente somente sabiam das notícias de fora do seu habitat através de portadores, principalmente pelos regatões que trafegavam nos inúmeros rios da região, passaram, como por encanto, a partir das vozes que saíam daquela “caixa falante”, a saber de tudo a um só tempo e hora, através da autodenominada “Voz das Selvas”.

         Depois da Rádio Difusora Acreana, a comunicação no Acre nunca mais foi a mesma. Pode-se dizer sem medo de errar que a emissora provocou a maior das revoluções na vida daqueles brasileiros que tinham migrado das caatingas áridas do Nordeste do país para a profundidade de uma floresta praticamente virgem que os tragava com crescente avidez.

         E assim, a partir das ondas dessa rádio da qual eu estou falando, surgiram os donos da voz. Ao longo desses 70 anos foram muitos os locutores que embalaram as noites (e dias também, claro) de milhares de acreanos com os seus timbres das mais variadas intensidades. Dos mais graves de antigamente até os nem tanto assim dos tempos que correm.

         E no bojo dessa história, vieram os locutores e repórteres esportivos. Sujeitos que fazem a gente imaginar que toda pelada é um clássico, recheado de lances da mais alta técnica. Que não me deixem mentir Deise Leite, Zezinho Melo, Alberto Casas, Paulo Henrique, M. Costa etc. A eles, assim como aos não citados, todas as honras pelo Dia Mundial do Rádio.

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