terça-feira, 16 de agosto de 2011

Record promete começar "artilharia" contra Ricardo Teixeira e CBF


Depois de vários anos no poder sem sofrer críticas da maior parte da imprensa, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, virou alvo de um bombardeio de denúncias. Segundo informações do colunista do UOL Flávio Ricco, a Rede Record determinou que suas afliadas repercutam as reportagens contra o cartola feitas pela matriz.

A ação da emissora do bispo Edir Macedo é vista por muitos como uma “retaliação” à CBF, após seu presidente e a maior parte dos integrantes do Clube dos 13 terem fechado contrato com Globo. A grande maioria dos clubes acabaram acertando os direitos para o quadriênio 2012-2015 e por valores inferiores ao ofereceria a Record. O fato curioso é que nos últimos dias, estranhamente, a Globo também passou a adotar uma postura “contra” CBF, chegando até mesmo a exibir uma reportagem de três minutos, que falou sobre os gastos públicos do Distrito Federal no amistoso Brasil 6 x 2 Portugal, em 2008.
Mais das investigações
O Jornal da Record também exibiu uma reportagem de oito minutos sobre as investigações em torno de Teixeira. O Ministério Público pode solicitar à CBF a devolução dos R$ 9 milhões, que foram pagos pelo Governo do DF, na época, para que o amistoso fosse realizado na Arena Bezerrão, no Gama.
A grande questão é que o valor foi pago a empresa Ailanto Marketing, que havia sido criada cerca de um mês antes e não tinha nem telefone. Segundo consta, seu patrimônio era avaliado em apenas R$ 800, sendo que uma de suas acionista, de nome Vanessa Almeida Precht, que teria participação de apenas R$ 1,00 na empresa.

Arruda foi "comparsa" de Teixeira
As investigações da Polícia Federal, no entanto, teriam apontado que a Ailanto não gastou um centavo dos R$ 9 milhões para organizar o amistoso. Na verdade, quem teria custeado o evento foi a Federação Brasiliense de Futebol (FBF), o que também deixa em maus lençóis o ex-governador José Roberto Arruda, que foi afastado do cargo, após ser pivô de um escândalo de corrupção no "mensalão do DEM".
As investigações apontam na possibilidade dos R$ 9 milhões terem sido desviados para contas de “terceiros”, entre eles Ricardo Teixeira. Isso porque dirigente arrendou, segundo a reportagem da Record, algumas de suas terras à acionista da Ailanto, Vanessa Almeida Precht, sendo que a mesma trabalha com moda e não com agropecuária ou agricultura.
As imagens mostraram claramente que as terras não são utilizadas para plantações ou criação de gado. Além disso, moradores das propriedades afirmam desconhecer a tal “Dona Vanessa”. As suspeitas são de que o “arrendamento” tenha sido forjado, para que fosse passada uma comissão de R$ 600 mil ao cartola.

Rio de Janeiro, RJ, 16 (AFI)

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