Excluído da Série C em primeira instância, o Rio Branco recorreu da decisão e pode voltar ao campeonato.
Mas, se o pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) confirmar o rebaixamento do time à quarta divisão, o presidente Natal Xavier promete renunciar ao cargo. "Querem acabar com o futebol do Acre", disse à Folha o cartola. "Se o Rio Branco for punido, não vale a pena mais ficar [no comando do time]." Líder do grupo A da Série C, o time do Acre foi rebaixado porque, em disputa judicial, acionou a Justiça comum antes de se esgotarem os recursos na Justiça Desportiva, o que é proibido pela Fifa. O governo do Acre foi à Justiça, com a anuência do time, após o Ministério Público vetar a presença de torcedores no estádio Arena da Floresta. Se voltar, o Luverdense-MT, que obteve vaga para a próxima fase com uma vitória sobre o Águia-PA no domingo, ficará de fora. Para o cartola acreano, a promotora Alessandra Marques está perseguindo o clube. Ela vetou torcida na Arena da Floresta com base no Estatuto do Torcedor e no Código de Defesa do Consumidor. "Estamos sendo penalizados por uma briga pessoal. A promotora deve ter algum problema com alguém do governo", disse o presidente. Em entrevista à Folha, a promotora Alessandra Marques afirmou que só está tentando cumprir a legislação. Segundo ela, a Arena da Floresta oferece risco à segurança do torcedor. "O estádio não tem condições de jogo porque não cumpriu nenhuma das exigências de engenharia", afirmou ela. "Tinha que sanar as irregularidades, e eu certifiquei a CBF sobre isso. Não tinha condições de segurança, tem problema de estrutura, alguns sérios." Para a promotora, o culpado pelo possível rebaixamento do Rio Branco é a diretoria do clube e o governo acriano. "O Estado do Acre foi quem incentivou o clube a entrar nesse. Eles se esqueceram que o Rio Branco podia receber punições", afirmou a Alessandra. O Luverdense-MT, que sairá da próxima fase caso o Rio Branco consiga sucesso no recurso, está acompanhando de perto a disputa judicial. "Foi um erro primário. O regulamento tem que ser cumprido", disse o presidente Helmute Augusto Lawisch. Mas, caso o Rio Branco volte através da Justiça, Lawisch diz que cumprirá a decisão sem estender a batalha judicial. Entrevista com Alessandra Marques, promotora Promotora de Justiça de Defesa do Consumidor: Folha - O presidente do Rio Branco diz que você age por um impulso pessoal, que está prejudicando o time por um problema que teria com governo do Acre... AM - Eu só estou cumprindo Estatuto do Torcedor. O estádio não tem condições de jogo porque não cumpriu nenhuma das exigências de engenharia. Não pode continuar assim. Ninguém pode colocar em risco a vida do torcedor. Se houver alguma tragédia na Arena da Floresta, o governo do Acre vai ser responsabilizado. Folha - O estádio é conhecido nacionalmente por ser moderno, bem conservado, e foi usado normalmente na Copa do Brasil e no Estadual. Por que a interdição agora? AM - O Arena [da Floresta] é de 2004, mas ele não foi concluído totalmente. É uma obra nova, mas apresenta problemas que precisam de exames aprofundados. Não é uma coisa calamitosa, mas como não foi totalmente terminado, tem vários problemas. Folha - Por exemplo... AM - Lá não se separa a torcida visitante, da local. A torcida de fora acaba ficando no meio da local. E há um despreparo de quem pensa a segurança. É tudo no improviso. Não tem sistema de monitoramento por câmera, por exemplo. Folha - O presidente do Rio Branco diz que você está tentando acabar com o futebol do Acre. AM - Ele não tem honradez necessária para dizer isso da minha pessoa. Graças à ação inconsequente dele, ele está prejudicando uma torcida imensa. Eu não tenho problema com ninguém. Eu nem sou do Acre [é de Minas Gerais]. Assim que eu terminar o meu trabalho, eu vou embora. Não tenha histórico de perseguir ninguém. Eu apenas cumpri o Estatuto do Torcedor e o Código de Defesa do Consumidor. É simplesmente segurança do torcedor. Eu cumpro lei que existe. Enquanto existirem leis assim, eu vou continuar cumprido, não importa contra quem for. |
Fonte: Folha Online |
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Eliminado no STJD, Estrelão acusa Promotoria de perseguição
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2 comentários:
inistscÉ em cumprir a Lei ela tem razão, agora porque não cobrou isso antes?
Eu concordo com ela, so ta fazendo o seu trabalho, quem errou foi o rio branco, agora arque com as consequencias.
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