Durante
a sessão plenária do Senado na tarde desta quarta-feira, 26, o senador
Aníbal Diniz (PT-AC) subiu a tribuna para prestar esclarecimentos a
respeito da situação do Rio Branco Futebol Clube e informar sobre o
acordo entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o time acreano
que desistiu de ação na justiça para se manter se manter no Campeonato
Brasileiro da Série C.
"O que aconteceu foi prejudicial ao Rio
Branco Futebol Clube, mas chegamos a um acordo minimamente aceitável
porque o Rio Branco é um time pobre e não tem condição de manter um
litígio. Ainda que tenha todos os direitos e a justiça a seu favor, o
Rio Branco achou por bem se submeter a esse acordo para não deixar a
competição da Série C paralisada e também para não ter outras
penalizações futuras", destacou o senador.
Mesmo lamentando a situação, para Aníbal
o mais importante é que o futebol do Acre esteja presente no futebol
nacional. "A forma de manter essa presença, é garantir que o Rio Branco
esteja, em 2012, no campeonato brasileiro da Série C. O time se retira
nesse ano de 2011, mas tem assegurada a sua participação, por pontos
conquistados, no ano que vem", completou.
Na opinião do senador o Rio Branco foi
extremamente injustiçado, uma vez que não litigou em matéria desportiva,
mas foi o Governo do Estado do Acre que entrou na Justiça para
assegurar o direito da realização dos jogos da Arena da floresta. "O Rio
Branco Futebol Clube foi duramente penalizado por um crime que não
praticou, por uma infração que não cometeu. E exatamente por isso,
porque o seu defensor da Justiça, que estou aqui para defender o Rio
Branco e lamentar que tendo acontecido tudo isso ao time mesmo estando
em condições de disputar acesso a série "B", esteja nesse momento tendo
que recuar e tendo que fazer um acordo para se manter na série "C" do
ano que vem, porque senão a Justiça desportiva iria excluí-lo por
completo", lamentou.
Ação do MPE foi irracional -
Para o senador Aníbal o Rio Branco foi vítima de uma ação irracional do
Ministério Público do Estado do Acre que considerou que o estádio Arena
da Floresta não estava apto à realização de partidas de futebol. "Isso
não é condizente com realidade do nosso estádio de futebol que estava em
plenas condições, tanto é que realizamos quatro partidas na primeira
fase do Campeonato Brasileiro da Série C sem nenhum incidente e, depois,
fizemos uma partida na segunda fase do Campeonato Brasileiro da Série
C", lembrou.
Ainda de acordo com ele, o Governo do
Estado recorreu à justiça porque a Arena da Floresta é um patrimônio do
Estado, construído com todas as especificações e exigências da Fifa,
além de ser um estádio que atende integralmente às exigências do
Estatuto do Torcedor.
Em aparte o senador Jorge Viana
reconheceu o empenho do senador Aníbal e lamentou a situação. "Foi um
mau exemplo de um membro do Ministério Público do Estado, nessa ação que
beirou a irresponsabilidade, gerando uma situação que afeta uma das
paixões nacionais e que faz com que haja uma ação, por parte da
Federação Brasileira de Futebol, que prejudicou o Rio Branco. Acho que
também é lamentável a postura da própria CBF", lamentou Jorge Viana que
levantou também a necessidade de que o Congresso instale uma CPI. "Há
dirigentes do futebol brasileiro que não querem a Justiça Comum perto
deles. Essas as atitudes deixam explicito ao Brasil, País que vai sediar
a Copa em 2014, que existe uma máfia do futebol instalada. Só o
Congresso Nacional, para apurar e retirar das mãos desses
"proprietários" o futebol brasileiro", disse.
Por fim, o senador Aníbal se solidarizou com os torcedores do Rio Branco.
Por fim, o senador Aníbal se solidarizou com os torcedores do Rio Branco.
Assessoria
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