A comissão especial da Câmara dos Deputados que avalia a Lei Geral da
Copa aprovou nesta terça-feira (6) a venda de bebidas alcóolicas em
estádios do Mundial. A medida ainda pode ser revista no plenário da
Casa, que deve começar a discutir a matéria na quarta-feira. Se
aprovada, a Lei Geral ainda passará pelo Senado antes de ser sancionada
pela presidente Dilma Rousseff.
Na comissão, o texto do relator Vicente Cândido (PT-SP) foi mantido por
15 votos a 9. Deputados oposicionistas apoiaram o texto, que é uma
exigência da Fifa para a realização da Copa no Brasil e que causou
rusgas entre dirigentes esportivos e membros do governo Dilma Rousseff
nas últimas semanas.
Cândido afirmou que a venda de bebidas alcóolicas em estádios “foi o
item que mais se destacou durante o período de debates na Casa”. Ele
disse ainda que a comercialização não aumentará a violência nos estádios
porque o Brasil “vive outro momento na comparação com dez, 12 anos
atrás”. Ainda assim, o relator sugeriu que o Congresso terá de debater o
assunto novamente para definir se a proibição determinada no Estatuto
do Torcedor deve ser mantida.
Além da questão das bebidas alcóolicas, o texto enviado ao plenário
resolveu uma disputa entre as TVs Globo e Record. Graças a um acordo,
foi derrubada a obrigação de que concorrentes da emissora carioca
exibissem simultaneamente sua cota diária de 3% do tempo dos jogos do
mundial.
A medida foi proposta pelo PRB, partido aliado à Igreja Universal do
Reino de Deus, ligada à TV Record. Com isso, retransmissoras locais
também poderão editar material das partidas, o que na prática amplia a
exposição do torneio nas concorrentes.
A comissão manteve a chamada Categoria 4 – um setor de preços de
ingressos mais baratos para idosos, estudantes e beneficiários do
programa Bolsa Família. Idosos poderão pagar meia-entrada em qualquer
partida. Os deputados ainda decidirão como serão concedidos os
benefícios a portadores de deficiência.
Polêmica com Valcke
Por conta de um erro regimental na votação da semana passada, a
comissão teve de aprovar novamente o texto-base de Cândido – desta vez
sob a sombra dos comentários do secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke,
e sua sugestão de apressar as obras no Brasil com “um chute no
traseiro”. Também sobraram críticas para o assessor da Presidência
brasileira Marco Aurélio Garcia, que chamou o francês de “vagabundo”.
O presidente da comissão, deputado Renan Filho (PMDB-AL), concordou com
as críticas a ambos. O oposicionista Otávio Leite (PSDB-RJ) chamou o
bate-boca de “conversa de botequim de esquina”. Apoio só houve ao
ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que rejeitou continuar a interlocução
com Valcke após o incidente. O dirigente da Fifa já pediu desculpas
pelas declarações, assim como o presidente da entidade, Joseph Blatter.
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Um comentário:
A mairo Patrocinadora da FIFA E DA LIGA DOS CAMPEÕES DA EUROPA não ia perde essa briga.
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