A disputa judicial em torno da terceira divisão do campeonato brasileiro de futebol já acarretou atraso de mais de um mês no início da competição e, segundo o senador, ainda gera insegurança e prejuízos aos times.
Segundo o parlamentar, o problema começou em 2011, quando o Ministério Público considerou o estádio do time acriano, a Arena da Floresta, inapto para receber jogos. O governo do estado recorreu da decisão na Justiça comum e, por ter buscado amparo fora da Justiça desportiva, o time foi penalizado.
– Mesmo o Rio Branco tendo sido o primeiro colocado da Região Norte [na primeira fase da Série C] em 2011, ele teve de abdicar da segunda fase da competição, porque senão seria um imbróglio que se estenderia por muito tempo. Para não prejudicar os demais clubes, o Rio Branco aceitou acordo com a CBF de se retirar da competição e retirar todas as ações na Justiça, com a garantia de disputar o campeonato em 2012 – explicou Anibal Diniz.
Treze da Paraíba
Com a alegação da possibilidade de o time acriano receber como
punição o rebaixamento para a Série D, o Treze da Paraíba, quinto
colocado naquela divisão em 2011 (os quatro primeiros subiram para a
Série C de 2012), recorreu à Justiça para pleitear a vaga na terceira
divisão, recebendo liminar favorável da juíza Ritaura Rodrigues Santana,
da Comarca de Campina Grande. Ao recorrer da decisão, o Rio Branco
também foi contemplado pela Justiça do Acre e mantido no campeonato.– Entre idas e vindas, a CBF chegou a um entendimento: abriu exceção e permitiu 21 clubes na Série C, mantendo o Rio Branco e convocando também o Treze da Paraíba – contou Aníbal Diniz, ao dizer que o time da Paraíba já estreou, com derrota, no último fim de semana.
A surpresa, segundo o senador, veio com recurso do time paraibano e liminar da juíza de Campina Grande para impedir a estreia do Rio Branco Futebol Clube no campeonato, cujo descumprimento resultará ao clube acriano multa de R$ 200 mil por dia.
– Não é possível que uma situação como essa vá permanecer. O futebol não pode ser objeto desse tipo de esperteza que afronta torcedores e dirigentes. É o estado do Acre que está sendo afrontado. Disputar a Série C é um direito líquido e certo do Rio Branco Futebol Clube – desabafou, ao pedir que a juíza da Paraíba seja responsabilizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Impacto
O senador observou que a paralisação de uma competição de futebol no
Brasil tem grande impacto sobre os torcedores, frente à paixão pelo
esporte, mas também resulta em grande prejuízo financeiro. Como
observou, sem jogos não há arrecadação, mas os clubes precisam manter
salários, atendimento médico, viagens e outras despesas.– É um esforço que envolve milhares de profissionais, para que o futebol seja decidido pelo desempenho dos times em campo – frisou o senador, ao afirmar que o Rio Branco Futebol Clube irá recorrer em todas as instâncias para assegurar seu direito.
Agência Senado
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