O governo do Estado investe na ampliação da infraestrutura do Sistema
Público de Comunicação, com a proposta de garantir o acesso da
informação aos acreanos. Atualmente, o complexo é administrado pela
Fundação Aldeia de Comunicação (Fundac), que abrange a Rádio Difusora
Acreana (“A Voz das Selvas”) e a rádio e TV Aldeia.
A empreitada contempla o aumento da capacidade de armazenamento de
dados, que a partir de agora será digital, e a integração das unidades
por meio de fibra ótica, possibilitando a recepção e o envio de som e
imagem, além de ajustes definitivos na antena para que a transmissão
alcance com mais qualidade os lares distantes do Centro.
“Em cumprimento à lei federal, a despedida do analógico também está
em fase avançada na casa”, comenta o secretário de Comunicação (Secom),
Leonildo Rosas. Após o prazo de concessão dado pelo Ministério das
Comunicações (MiniCom), as emissoras de televisão ainda terão 12 meses
para entrar no ar, ou seja, até 2018.
O passo seguinte será a contratação de satélite para que o sinal da
TV Aldeia, filiada da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e da TV
Cultura de São Paulo – eleita pelo Instituto Populus a segunda melhor
programação pública do mundo –, retorne às 22 cidades do Acre, a exemplo
das 11 rádios do Sistema Público de Comunicação.
“Atualmente, Sena Madureira já possui programas locais, Cruzeiro do
Sul está com 70% da estrutura pronta para produzir conteúdo, e em breve a
capital também terá novidades na grade. Estamos investindo também na
capacitação dos nossos servidores”, revela o diretor de programação da
Fundac, Alexandre Nunes.
Expectativa para a TV Digital
No início de abril, o Instituto Fecomércio de Pesquisa Empresarial do
Acre (Ifepac) entrevistou 400 consumidores, dos quais 26% revelaram
interesse na compra de televisores de última geração, impulsionados pela
Copa do Mundo.
Segundo o governo federal, 69% dos telespectadores do país trocaram
os aparelhos de tubo pelos de tela fina nos últimos três anos e,
atualmente, cerca de 80% dos brasileiros já possuem o equipamento em
casa.
Em março, o MiniCom também anunciou as regras para a migração de
frequência das rádios AM para FM – reivindicação antiga dos
radiodifusores –, na qual a Fundac já manifestou interesse e está no
aguardo da liberação. A medida afeta diretamente “A Voz das Selvas”.
“Estamos num período de fundamental importância para a nossa
história, que é a comemoração dos 70 anos da Difusora Acreana.
Cumpriremos, então, o compromisso de modernizar essa que é para o
governo a emissora mãe do Sistema Público de Comunicação”, explica
Leonildo Rosas.
A expectativa é de que haja maior alcance da audiência, permitindo o
acesso de dispositivos como smartphones e tablets, além do
fortalecimento do ponto de vista comercial e financeiro. Hoje, o Sistema
Público integra as associações das Rádios Públicas do Brasil (Arpub) e
das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (Abepec).
“A criação e a consolidação da Fundac é importante no que se refere à
organização administrativa da instituição, que organiza as outorgas das
rádios e tevês, que até então eram retiradas e renovadas pela Fundação
de Cultura Elias Mansour (FEM)”, explica a diretora-presidente da
instituição, Andréa Zílio.
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