Vou
começar essa crônica de hoje pelo fim de outra que escrevi há um ano,
quando acabou o campeonato estadual de futebol profissional de 2011.
Naquela oportunidade eu dizia que o Rio Branco conquistara nove dos doze
certames realizados no século XXI, deixando de ganhar apenas os títulos
de 2001 (deu Vasco da Gama), 2006 (deu Adesg) e 2009 (deu Juventus).
Agora, corrigindo e atualizando, o
Estrelão da Avenida Getúlio Vargas, denominado de "Mais Querido" por boa
parte da sua animada torcida (não mais composta só por idosos, como se
dizia, às vezes até de forma pejorativa, há algum tempo), é detentor de
dez dos treze títulos disputados no século XXI, dito e havido como a era
da pós-modernidade.
Para variar e, de certa forma, provar a
força do Estrelão, nesses três anos em que o time não se sagrou campeão,
disputou o título até o último minuto, ficando com a segunda colocação,
fato que, dado o poderio do clube (mais estrutura, mais organização,
mais despesas com o elenco...), pode, na cabeça de alguns mais
exigentes, equivaler à última colocação.
Se, num exercício de memória,
estendermos a estatística para a era do futebol profissional, iniciada
em 1989, onze anos antes do século XXI, encontraremos mais três títulos
nas vitrines do Rio Branco: 1992, quando o vice-campeão foi o
Independência; 1994, quando o Juventus é que ficou em segundo lugar; e
1997, quando novamente o Independência foi o vice.
Toda essa sequência de triunfos, aliás,
me faz lembrar uma entrevista que eu fiz há dez anos com o doutor
Lourival Marques, presidente do Rio Branco por três mandatos (1969/1970,
1971/1972 e 1986/1987), onde ele dizia, em outras palavras, que o clube
reunia todas as condições para formar equipes que jamais perdessem para
ninguém no território acreano.
E em outro momento da mesma entrevista,
as explicações do doutor Lourival Marques para o poderio riobranquino ao
longo do tempo: "(...) o Estrelão preparou dignos sucessores para
antigos presidentes. Permaneceu grande dado a sua democracia. Nunca
houve no clube aquele negócio de uma mesma pessoa permanecer anos e anos
seguidos no comando (...)".
Para demonstrar a sua tese, alguns nomes
que dirigiram o Rio Branco foram citados pelo doutor Lourival: "(...)
depois de uma administração de quatro anos, dei lugar para o João
Carlos, depois veio o Edmir Gadelha, o Sebastião Alencar, o Wilson
Barbosa, o José Macedo, eu novamente. É essa renovação que transformou o
clube na potência que ele é hoje".
É isso. Penso que cumpri duas missões
nesta crônica de hoje: registrei mais um título do Estrelão e dei a
fórmula, via palavras de um seu antigo presidente, para o almejado
sucesso. Quem for esperto que trate de seguir os passos desse emérito
vencedor. Nunca é demais copiar os bons exemplos. Parabéns, pois, ao Rio
Branco, o melhor dos times acreanos!
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