Entre as exigências da FIFA para uma cidade receber jogos da Copa
estava oferecer dois Centros Oficiais de Treinamento. Manaus cumpriu
esta obrigação gastando R$ 21 milhões no COT da Colina e outros R$ 15
milhões no COT Coroado. Ocorre que ambos não foram usados uma única vez
pelas seleções com jogos realizados na cidade.
A última
possibilidade era o confronto Honduras e Suíça marcado para
quinta-feira, mas como fizeram todas as outras equipes, elas dispensaram
os centros de treinamento. As duas vão repetir as estratégias dos
outros times e apenas fazer o reconhecimento do gramado da Arena
Amazônia na véspera da partida. Ninguém admite, mas o motivo seria
evitar o desgaste físico por causa do clima úmido e quente de Manaus.
Os dois estádios não usados contaram com dinheiro do governo do
Amazonas para saírem do chão. O COT da Colina foi demolido e
reconstruído para o Mundial. A capacidade é para 11,4 mil torcedores e
consumiu R$ 21 milhões – R$ 9,7 milhões de recursos federais e o
restante verbas estaduais.
Os R$ 15 milhões gastos no COT do
Coroado foram integralmente bancados pelo contribuinte do Amazonas. O
estádio pode receber 5 mil espectadores. Ambos contam com toda a
infraestrutura exigida pela FIFA: gramado, vestiários, sala de imprensa e
estacionamento.
A assessoria de imprensa do governo do Amazonas
explicou que os estádios foram construídos para atender a requisitos da
FIFA para a realização da Copa em Manaus. Acrescentou que sem os COTs a
cidade não poderia sediar o Mundial e que a utilização deles fica a
critério da entidade.
Também foi informado que, terminada a
Copa, os estádios serão usados por times locais. De acordo com o governo
do Amazonas, eles são importantes legados porque no passado o Estado
não tinha locais para receber jogos de médio e pequeno portes de
torneios como a Copa do Brasil, a Copa Verde e o Campeonato estadual.
Procurada, a FIFA não se manifestou.
Felipe Pereira
Do UOL, em Manaus
Do UOL, em Manaus
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